Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma
pessoa, o risco dese decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas
expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as
dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos
estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos
juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem,
nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem
metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos
comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra
pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama)
e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou
a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e
principalmente a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim
para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar não quem você estava
procurando, mas quem estava procurando por você!
Mário Quintana
No princípio bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um
pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde,
ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro?
Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema:
queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco
estrelas.
E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem
podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em
quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser
surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos
jantar a luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo
selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro
jeito.
Mário Quintana
É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu
perfil exato e que, apenas, levemente, o vento das horas ponha
um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo
machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se
sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela e
respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir como sinto - em mim - a
presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista que nunca
te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te.
Mário Quintana